Por Laura Silveira, Sócia Fundadora.
Para marcar esta nova fase da Arquigest, gostaria de contar um pouco mais sobre a nossa trajetória e sobre a atuação em escritórios de advocacia/departamentos jurídicos e como essa história se mistura com a história da minha própria vida, sendo parte essencial.
Tudo começou com o gosto pelo direito, que existe desde a minha adolescência. Amava a área e sua importância na sociedade, mas não amava a ideia de advogar. E no momento da vida em que estava definindo meu caminho, uma simples revista sobre profissões me trouxe a resposta, um curso com uma gama de possibilidades no mercado de trabalho, inclusive na área jurídica.
Próxima parada: graduação. Biblioteconomia, 2007, Escola de Ciência da Informação da UFMG, e no mesmo ano, estágio em um grande escritório de advocacia em Belo Horizonte.
Na época, o escritório já digitalizava os processos físicos antes mesmo da implantação do processo eletrônico no judiciário. Lá, eu trabalhava em uma equipe com mais três profissionais de biblioteconomia e uma empresa terceirizada realizava digitalização em massa dos autos físicos.
Depois de dois anos aprendendo, planejando, estudando cenários e possibilidades, em um misto de feeling, e sede por crescimento decidi que, mesmo sendo uma estagiária, eu abriria minha própria empresa.
Em meio a tantos projetos, trabalho e estudo, minha ousadia teve a primeira resposta positiva do mercado. O contrato da empresa de digitalização que prestava serviço foi suspenso. Montei um projeto completo, entrei na sala de um dos sócios e, suando frio, apresentei minha empresa e pedi pela oportunidade para digitalizar os processos físicos do escritório.
Deu certo! Tanto a primeira apresentação da Arquigest quanto o que aconteceu depois dela. O próprio advogado me ajudou com a elaboração do Contrato Social, peguei um empréstimo para comprar um scanner de alta qualidade e a Arguigest começou suas atividades já com seu primeiro cliente, em 2009. Três anos depois terminamos de digitalizar todos os mais de 8.000 processos físicos do escritório.
A dedicação deu frutos, e através de indicações, em 2012 a Arguigest já contava com mais de 30 escritórios em sua cartela de clientes.
Com o passar do tempo, a digitalização deixou de ser novidade. Mas os serviços para Transformação Digital estavam só começando: Gestão Eletrônica de Documentos (GED), implantação de softwares jurídicos, tratamento de dados, elaboração de fluxos e procedimentos para adequação ao meio digital. Era uma mudança de cultura! Estávamos saindo do papel, carimbos de juntada e número de folhas escritas à mão no canto superior da página, para a leitura de documentos somente na telinha de um computador. Os xerox das páginas dos processos passaram a ser fotos. Não era mais permitido imprimir nada. E-mail era o meio de comunicação oficial e o fax estava deixando de ser utilizado.
A necessidade de manter atualizada neste mercado sempre me foi muito clara. Estudos e buscas por tecnologia e Gestão Legal começaram a fazer parte da minha rotina.
Acompanhando esse fluxo tão representativo para o mercado jurídico, em 2017 conclui minha especialização em Gestão da Informação e do Conhecimento e faço a aplicação de práticas com a intenção de melhorar a produtividade do corpo técnico jurídico dos escritórios porque com os dados, documentos e informação organizados e acessíveis, os advogados conseguem focar no que é importante: cumprir prazos processuais e principalmente levar resultados resultados para os clientes.
A paixão pelo Direito nunca deixou de existir, mas foi complementada por outras paixões, como gestão, tecnologia e principalmente por transformação digital.
A Arquigest se tornou uma empresa multidisciplinar, consolidada com mais de 11 anos de atuação e a cada dia que passa sinto mais orgulho e muita gratidão pelo meu primeiro cliente ter acreditado no sonho de uma estagiária.